Os conflitos entre Israel e Palestina nasceram em tempos remotos, mas os embates entre estes povos cresceram no final do século XIX, quando o povo judeu passou a expressar o desejo de retornar para sua antiga pátria, então habitada em grande parte pelos palestinos que estavam sob o domínio dos otomanos. O ideal judaico de retorno á terra natal de seus antepassados é conhecido como Sionismo, vigente desde 1897 e visava a retomada da “terra prometida”.
Theodor Herzl (1860-1904): fundador do sionismo
Com a queda do Império Otomano, a Inglaterra transforma a
região em colônia britânica, de 1918 até 1939. Depois da Segunda
Guerra Mundial, as cobranças da construção de um Estado Judaico
cresceram, pois havia a ideia de reparação dos sofrimentos da guerra, sem
contar a pressão dos estadunidenses.
Frente a
essa disputa, onde árabes e judeus reivindicavam a posse de territórios nos
quais se encontram seus monumentos mais sagrados, a ONU ofereceu aos dois lados
a possibilidade de dividir a região entre palestinos e israelenses. A Palestina
resistiu e se recusou a aceitar a presença de um povo estrangeiro neste
território.
Daí sucedem-se uma série de guerras que envolvem
embate religioso e disputa territorial:
Maio de
1948- janeiro de 1949: Os árabes da Palestina e os estados árabes da região (Egito, Síria,
Jordânia, Líbano e Iraque, com o apoio de Arábia Saudita e Iêmen) entram em
guerra contra Israel. Israel vence a guerra e passa a controlar 78% do
território da Palestina, enquanto o plano de partilha da ONU lhe dava 55 %.
1956: Gamal Abdel Nasser (presidente do
Egito) nacionaliza o Canal de Suez. Israel, apoiado pela França e pelo reino
Unido, ocupa Gaza e a maior parte do Sinai e é obrigado pelos EUA e URSS a
recuar.
1964: Criação da O.L.P (Organização
para Libertação da Palestina) em Jerusalém.
1967: Guerra dos Seis Dias.
Reunificação de Jerusalém. Israel conquista o deserto do Sinai, a faixa de
Gaza, a Cisjordânia e as colinas de Golan.
1972: Onze atletas israelenses são
mortos em atentado terrorista durante os Jogos Olímpicos de Munique; os jogos
não são interrompidos.
1973: Guerra do Yom Kippur.
1979: Israel devolve ao Egito a
península do Sinai. Assinado em Camp David o Tratado de Paz entre o Egito e
Israel.
1982: Israel invade o Líbano na
Operação “Paz para a Galiléia”, após ataques da OLP ao norte de Israel.
1987: Começo da 1ª Intifada (revolta),
com distúrbios em Gaza.
Vale ressaltar, que em 1973 a ONU considerou o
sionismo uma forma de racismo. Israel bombardeia com frequência cidades
palestinas, utilizando aviação moderna e armas proibidas (fósforo branco),
destruindo escolas, hospitais, residências, além de privar os palestinos das
liberdades e da igualdade de condições.
A forma como Israel atua é violenta: a maioria da palestina e dos muçulmanos está sob seu controle, com racionamento de comida, água
e energia elétrica, além de bombardear constantemente a faixa de Gaza e cercar
a Cisjordânia (Muro da Vergonha).
A disparidade de forças militares entre
palestinos e israelenses é gritante.